O Stir Shaken virou origem verificada, ou seja, o serviço que vai permitir que uma chamada seja identificada como de boa procedência para reduzir o risco de fraude. Essa chamada também será identificada – com o nome e a logomarca da empresa aparecendo para o consumidor, conta o superintendente de controle e obrigações da Anatel, Gustavo Borges, que participou do Telco Transformation Latam, que acontece no Rio de Janeiro.

“O consumidor vai perceber que uma chamada sem verificação e identificação tem grande possibilidade de ser uma fraude”, destaca Borges. Os testes começaram em março, e a ideia é colocar o serviço comercial até o final do ano. Até o momento, conta Borges, já foram realizadas mais de 40 milhões de chamadas entre teles e bancos, com a adesão dos principais do país ao novo serviço. “Esse serviço não será o único de combate à fraude, mas será um dos prioritários”, revela. Os fabricantes também estão acelerando sua compatibilidade ao sistema. “Avançamos”, diz.

A Anatel também apertou o cerco ao spoofing – no qual o criminoso se disfarça como um usuário ou dispositivo confiável para que o consumidor faça algo que o beneficie. Segundo Borges, a agência reguladora aumentou a fiscalização às operadoras que estão permitindo passar as chamadas de fraudes e negocia com a área de segurança pública. “Não podemos ter apenas a ação regulatória. Fraude é um crime”, aponta. Assista a entrevista.